Alerta de tsunami

O terremoto de 8.8 sentido no Chile ontem de madrugada causou certa preocupação aqui na Costa Rica. Mas agora já estamos tranquilos e daqui a pouco sairemos da costa do Pacifico e iremos para o Caribe. O país foi considerado área de observação, pois havia risco de tsunami. Como não se sabia extamente se as ondas gigantes chegariam aqui e nem com que tamanho, deixamos todas as nossas bagagens no carro para o caso de termos de deixar às pressas as Cabinas Rancho Grande, em Playa Hermosa, onde estamos hospedados desde antes de ontem à noite. Montamos inclusive uma rota de fuga, uma estradinha de terra aqui pertinho que leva ao topo de um morro. O dono do local onde estamos hospedados, Brian, da Flórida, que também estava preocupado com uma possível tragédia,  nos levou até o local onde poderíamos ficar em segurança em caso de alerta oficial. Dormimos com lanterna à mão e tudo preparado para  embarcar no carro e fugir daqui. Apesar de eu ter sonhado que realmente a onda gigante estava se aproximando, nada aconteceu. Ufa!!!

Surf point

Depois de quase uma semana à procura de boas ondas, Jean, Ramon e Kleyton finalmente encontraram diversão. Ontem de manhã, o mar estava lindo (sob todos os pontos de vista) entre playas Carmen e Santa Teresa. Além da água cor de verde-água e vento terral, havia uma infinidade de ondas que variavam de 1 metro a 1 metro e meio e quebravam tanto para a direita quanto para a esquerda. Elas estavam tubulares. Abaixo, a opinião de quem as experimentou:

"A manhã começou com algumas boas ondas na faixa de meio metro e meio mnetrão e no decorrer da manhã a condição foi melhorando e séries de um metro a um metro e meio quebravam. As ondas eram  tubulares e verdes, o terral soprava  e a imagem lembrava filmes de surf na Indonésia."
Jean Mendonça


"Eu não imaginava que seria tão perfeito. Acordamos bem cedo, perto das 5h. O Jean foi o primeiro a ir para a praia, fui o segundo a chegar na praia, quando eu pisei na areia já reparei ALTAS ONDAS quebrando, porém não tinha muito tamanho, estavam quebrando ondas na faixa de meio metrão. Depois que eu entrei no mar, a coisa só foi melhorando. Perto das 8h ficou perfeito, o mar só ganhava tamanho e todas as ondas estavam abrindo. Chegou a quebrar valas de até 1.5m. Eu já peguei muito mar bom, mas acho que foi o melhor de minha vida. Me senti contracenando em um filme de surf."Ramon Cunha


"Ontem vi ondas quebrando com perfeição que só havia visto em filmes de surf. Entendi realmente o que significa a frase "fazer a cabeça". Peguei ondas incriveis... espero poder ver novamente o mar verde cristalino, o sol brilhando, vento terral e surfistas quebrando as valas e voltando da arrebentação com um sorriso no rosto de pura satisfação! Simplesmente demais.
Kleyton E. de Souza

Indy e eu fizemos algumas fotos mas estamos sem cabo nem memory card reader para descarregar as imagens feitas com a câmera da Indy. Hoje à tarde vamos tentar comprar e depois postamos fotos dos meninos surfando.

Natureza viva

Iguanas, esquilos e lagartos são como animais de extimação aqui na Costa Rica. Em todo quintal, árvore ou rua há um pronto para ser observado. No jardim da casinha que alugamos na Playa Santa Teresa, onde ficaremos até amanhã de manhã, acabamos de fotografar alguns bichinhos. Embora eles apareçam com frequência, sempre paramos para admirá-los. Os esquilos são muitos rápidos, descem correndo as árvores, pulam de galho em galho. Tudo isso enquanto seguram uma comidinha. Na estrada temos de desviar o carro dos lagartos para não os atropelarmos.

Playa Santa Teresa

Saímos de Samara pouco depois da 9h com intenção de parar em todas as praias que houvesse pelo caminho até Mal País. As estradas não são asfaltadas, mas são muitos boas. No trecho, repleto de curvas e plantas roxinhas, tivemos de atravessar locais com água na estrada. Fácil para o 4X4 que alugamos na Dollar Rent a CAr. Um dos locais mais bonitos que descobrimos no caminho foi a Playa Carillo. Água cristalina, areia clara e muito coqueiros na faixa de areia. Pena que novamente não havia ondas.
Por volta das 15h chegamos à Playa Santa Teresa, a aproximadamente 5 quilômetros de Mal País. Outra praia pequena (todas elas são mini aqui na Costa Rica) e cheia de gringos. Os meninos finalmente encontraram algumas ondas e a Indy e eu aproveitamos para estender a toalha e relaxar o corpo que já não aguentava mais ficar dentro do carro. Dois esquilos lindos nos deram um susto ao descer correndo a árvore sob a qual estávamos deitadas. Em seguida, os pequeninos correram sem que pudéssemos fotografá-los.
No fim da tarde, roxos da fome, descolamos um lugar legal para passar a noite, uma cabina com dois quartos, cozinha, banheiro e varanda. Pagamos US$ 60 para cinco pessoas, a apenas alguns passos da praia.

Indy e eu fizemos um estrogonofe delicioso para o jantar. Agora estamos todos quase indo para a cama. Será a primeira noite sem ar condicionado. São 22h e a sensação é a de que estamos num calor de 30 graus Celsius. Haja ventilador!!!

De Tamarindo a Samara

Na falta de ondas, decidimos sair cedo da Playa Tamarindo, o maior povoado da região, com lojas, bares, restaurantes e hotéis para todos os bolsos (e um belíssimo por do sol), e seguir em direção ao Sul da Península de Nicoya. Passamos por praias lindas e praticamente intocadas pelo homem, como a Playa Negra, mas, como também não havia `olas`, seguimos adelante. No fim da tarde, chegamos a Samara, outra praia pequena, mas muito mais tranquila que Tamarindo. Nos hospedamos no La Mansion Bed & Breakfast a US$ 16 por pessoa. Marlene, do Arizona, é a dona do hostel. De manhã, nos serviu café com sanduíches, torradas e frutas.
À noite, fomos ao Bar Arriba comer sushi. Depois de três porções de hossomaki de salmão e inguila e de uma caipirinha, decidimos ir ao restaurante Il Vino. A casa italiana oferece o melhor suco natural que já tomamos As pastas que pedimos também estavam deliciosas. O lugar aceita cartão de crédito, mas é um dos poucos na região. Como ainda não nos adaptamos ao fuso, saimos do ristorante e fomos direto para a cama.

Vulcão Arenal + Playa Tamarindo

Acordamos com expectativa de ver o Vulcão Arenal em plena atividade, mas o tempo não colaborou. Pagamos US$ 10 para entrar no Parque Nacional Vulcão Arenal, caminhamos cerca de um quilômetro até o ponto de observação, mas nada de ver a lava escorrendo da montanha. Nem sequer vimos fumaça saindo da cratera, pois as nuvens encobriram completamente o vulcão. O céu ameaçou limpar, mas ficamos só no desejo. Pelo menos escutamos algumas explosões. Quando ainda estávamos no começo da trilha, um casal frânces nos contou que tinha visto a lava escorrendo. Ficamos muito empolgados, mas não foi suficiente. A lava do Arenal não teremos mais chance de ver, mas quando retornarmos para San Jose iremos ao Vulcão Poás. E tomara que o tempo esteja bom.

*

Ãs 12h30min, pegamos a estrada novamente. Contornamos o Lago Arenal e no fim da tarde chegamos à Playa Tamarindo. No caminho, vimos macaquinhos, cuati, iguana...
Agora estamos hospedados no Hostel Bahia Paraiso (US$ 15 por pessoa), a 60 metros do mar. Assim que chegamos, Jean e Ramon correram para o mar. As ondas estavam pequenas, mas a água estava bem quente, segundo eles. No horário local, são 21h20min, mas a realidade é que já estamos com sono.

Enfim na Costa Rica

Ainda estamos nos adaptando ao fuso horario da Costa Rica - tres horas a menos que no Brasil - mas gostamos de tudo o que vimos e vivemos ate agora. Demos muitas risadas e vimos paisagens lindas desde a capital San Jose. Agora estamos em La Fortuna, cidade proxima ao Vulcao Arenal, mas nao conseguimos ver nada porque o tempo esta fechado. A cidade eh pequena e esta repleta de gente devido a volta ao Lago Arenal - uma competicao ciclistica. Nos hospedamos no Hotel Sierra Arenal a US$ 15 por pessoa e onde podemos usar a cozinha e preparar nosso proprio jantar. O chef Jean esta fazendo macarronada.

De manha, ainda em San Jose, visitamos o Teatro Nacional da Costa Rica, o Museu de Jade, a Catedral Metropolitana, o Parque Morazan e passeamos pela regiao central da cidade. Entre todas as atracoes, o teatro foi a que mais nos impressionou. A US$ 7 por pessoa, visitamos um predio belissimo, repleto de ouro e historia. Em constante processo de restauracao, o teatro foi cenario da primeira tentativa de homicidio contra o presidente Kennedy. A CIA descobriu a tempo e impediu o crime. A visita ao museu -  US$ 5 por pessoa - tambem foi bacana. O local conta a influencia da pedra sobre a vida da populacao pre-colombiana e proporciona muita informacao sobre o passado do pais.

Do Brasil a Costa Rica

Chegamos a Costa Rica ontem. Do aeroporto, fomos direto para a locadora Dollar, onde tinhamos feito a reserva de um carro 4X4. A bordo de um Nissan XTrail, seguimos para o  Kabata Hostel. Depois de comer, literalmente desmaiamos. A viagem de Guarulhos para ca foi muito cansativa. No total, foram quase oito horas de voo e mais um tempao de espera nos aeroportos. Tivemos de acordar as 4h50min para fazer o percurso entre Osasco, onde passamos a primeira noite da viagem, e Guarulhos e assim evitar os congestionamentos da Marginal Tiete e chegar sem risco de atraso ao aeroporto.

Em Osasco, onde chegamos antes das 16h de quinta-feira, fomos muito bem recepecionados na casa dos meus tios e primos. Alem de um churrasco delicioso, conversa e musica ate altas horas, nos divertimos demais com os meninos tentando tocar bateria e baixo no estudio do meu primo. Para chegar a Osasco, saimos de Blu as 7h15min. A estrada estava boa e sem movimento.O trecho da Regis Bittencourt que havia sido interditado no Carnaval por queda de barreira ja havia sido liberado.

Dear passengers

Enquanto o sono não vem, o site da Avianca nos mantém ocupados. Acabamos de identificar os modelos das aeronaves que nos levarão à Costa Rica e nos trarão de volta para casa. Além do Airbus A 330 e de um Fokker 100, também viajaremos em um Boeing 767-300 (imagem ao lado). Serão 6 horas de vôo de Guarulhos a Bogotá, na Colômbia, e mais 2h20min de Bogotá a San Jose, na Costa Rica.

Contando os minutos

Estamos todos ansiosos (Jean, Ramon, Indy e Kleyton, vocÊs também estão, certo?), pois agora falta bem pouquinho para a viagem. Assim que a quinta-feira clarear, vamos para São Paulo. Sim, de carro, e com muitas mochilas e pranchas. Dormiremos na casa do meu primo e assim que a sexta-feira chegar embarcaremos para a Costa Rica. Agorinha que Jean e eu acabamos de arrumar as coisas. Mais uma vez deixamos tudo para a última hora. Mas até que há um lado bom nisso: ficamos menos tempo ociosos e parece que ajudamos os ponteiros do relógio a girar mais rápido. A partir de amanhã, no entanto, queremos que os dias sigam com a calma, a traquilidade e a sutileza que a rotina nos rouba.

*

Foi complicado fazer tudo caber só na minha mochila-gigante-supercompacta de 60 litros e em mais uma bolsa de mão, mas, por experiência, sabemos que ainda estamos levando muitas coisas e que metade voltará intocável. Quer apostar?

A rota

Agora só falta uma semaninha para a viagem.

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Dados básicos

Para aliviar a ansiedade pré-viagem (ainda faltam 10 dias), decidi postar aqui no blog informações sobre a Costa Rica. Os dados constam do guia impresso da Lonely Planet/Geoplaneta:

População: 4 milhões
Expectativa de vida ao nascer: 78 anos
População alfabetizada: 96%
População abaixo da linha da pobreza: 18%
População que acessa internet: 29%
Taxa anual de emissão de carbono per capita: 1,6 tonelada
Consumo anual de café per capita: 3,9 quilos
Turismo por 1000 pessoas: 103
Território protegida: 27%
Espécies de aves: mais de 850